quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Só a brincar...

Quando me virem a montar blocos
A construir casas, prédios, cidades
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender sobre o equilíbrio e as formas
Um dia, posso vir a ser engenheiro ou arquitecto.

Quando me virem a fantasiar
A fazer comidinha, a cuidar das bonecas
Não pensem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a cuidar de mim e dos outros
Um dia, posso vir a ser mãe ou pai.

Quando me virem coberto de tinta
Ou a pintar, ou a esculpir e a moldar barro
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a expressar-me e a criar
Um dia, posso vir a ser artista ou inventor.

Quando me virem sentado
A ler para uma plateia imaginária
Não riam e achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a comunicar e a interpretar
Um dia, posso vir a ser professor ou actor.

Quando me virem à procura de insectos no mato
Ou a encher os meus bolsos com bugigangas
Não achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a prestar atenção e a explorar
Um dia, posso vir a ser cientista.

Quando me virem mergulhado num puzzle
Ou nalgum jogo da escola
Não pensem que perco tempo a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a resolver problemas e a concentrar-me
Um dia posso vir a ser empresário.

Quando me virem a cozinhar e a provar comida
Não achem, porque estou a gostar, que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a seguir as instruções e a descobrir as diferenças
Um dia, posso vir a ser Chef.

Quando me virem a pular, a saltar a correr e a movimentar-me
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender como funciona o meu corpo
Um dia posso vir a ser médico, enfermeiro ou atleta.

Quando me perguntarem o que fiz hoje na escola
E eu disser que brinquei
Não me entendam mal
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a trabalhar com prazer e eficiência
Estou a preparar-me para o futuro
Hoje, sou criança e o meu trabalho é brincar.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

“Uma velha, relha, bufelha, saracotelha/ casada com um velho relho, bufelho, saracotelho/ diz a velha relha, bufelha, saracotelha: / — Ó velho relho, bufelho, saracotelho, vamos à caça, bufaça, saracaça/ dum velho coelho relho, bufelho, saracotelho?”

sábado, 4 de junho de 2011

segunda-feira, 30 de maio de 2011

sábado, 7 de maio de 2011

Encontrar as metades que faltam aos textos!

1. Escolhem-se quatro narrativas que se dividem ao meio. O número de exemplares varia consoante o número de alunos.


2. Dá-se a cada aluno metade de uma narrativa que este deve ler para procurar o colega que terá a outra metade. Como existem vários exemplares de cada texto, há várias combinações possíveis de alunos.


3. Quando o par se encontra, começa a fazer a leitura total do texto. O elemento que tem a metade inicial é o primeiro a ler ao colega a sua parte.


4. Em seguida, junta-se a turma em grupos: cada grupo deverá ter um exemplar de todas as narrativas (se forem quatro as narrativas escolhidas, cada grupo conta com quatro pares, logo com oito elementos).


5. O professor procede a um jogo de perguntas sobre cada narrativa. Ganha a equipa cujos elementos acertarem mais vezes nas respostas.

domingo, 27 de março de 2011

Gostar dos outros...

Jacob pensa no que pode ser quando for grande.

— Talvez carpinteiro — diz Jacob. — Lixar bem as arestas para que ninguém se magoe.

— Por exemplo… — diz Catarina.

— Talvez cobrador de autocarro — diz Jacob. — Alguém que sabe quando se deve sair e mudar. — É possível — diz Catarina.

— Talvez palhaço — diz Jacob — com uns sapatos enormes, para fazer rir as pessoas. — Também pode ser — responde Catarina.

— Podes ser muitas coisas, quem sabe? Mas, em todo o caso, tens de ser alguém que escute com atenção. Alguém que saiba guardar um segredo. Alguém que não se ria quando vir alguém a chorar. Alguém que seja capaz de ajudar os outros. Alguém de quem se goste… Se fores assim, tanto faz que profissão possas ter.

— Tens razão — diz Jacob.

sábado, 26 de março de 2011

Olá!

Eu estou aqui, neste momento, a pensar em tudo o que o 6º E era e naquele "para sempre" que até há uns tempos alguns aindam acreditavam. Sinceramente, eu sou dessas pessoas que deixou de acreditar nisso. Acho que ao fim dos ultimos dias de aulas, demonstrei de corpo e alma o sentimento enorme que tenho por esta turma, que simplesmente com o tempo ... foi-se! Não consigo esquecer a sensação boa e angustiada do abraço caloroso e sincero da professora Isabel, na nossa última aula de português. Aquele abraço, aquela segurança, sentir as lágrimas vindas do rosto de outra pessoa , fez-me sentir tão perto de algo que muita gente diz ser "verdadeiro". Nunca vou conseguir esquecer o que aprendi e da maneira que cresci com o 6º E. Nunca vou conseguir esquecer as professoras e professores magníficos que tive, que me ajudaram e ensinaram não só o que fazia parte "da sua personagem" mas também algo mais para a vida, esses e tudo isso no 6º Ano. Quero e espero que esteja tudo bem na PEL, que as aulas de português estejam a seguir pelo rumo das histórias e textos encantados e mágicos, que a prof. Isabel faz com que sejam nas suas aulas. Que a professora Ana Paula Filipe, esteja com a força de vontade de ensinar e querer o melhor para os seus alunos, da mesma forma de quando eu a conheci. Foi e é um prazer conhecer pessoas como vocês. Obrigada por tudo, mas uma vez. Saudade? sim, tenho de muitas coisas. Mas o passado vai ficando guardado cá dentro, e vai aliviando a dor , até que deixo os meus momentos a sós, derramando lágrimas de alegria e muita vontade de voltar atrás. Esquecer o 6º E? acho que não consigo. Mas é a vida e vou ter de seguir em frente e deixar as recordações de tudo isso, bem guardado a chave, para que não desapareçam. Muitos beijinhos .

segunda-feira, 21 de março de 2011

Faça lá um Poema: PNL

Quis conjugar “floresta”,
Mas “floresta” é um nome….
Como trabalhar nesta festa?
Como fazer o seu estudo?

Ah!, já sei!
Vou registar a área vocabular.
É assim:
Árvores, flores, animais…
Insectos, pedras, musgo,
Frutos, folhas, pardais,
Águas puras e frescas…
Tudo o que é bom demais!
Podes cheirar e saborear,
Sentir cheiros, sabores
E veres cores…
E nesta sinestesia,
Unires a tua alegria
E seres parte desta maravilha!


Luana Cardoso, escola Básica 2/3 Escariz

quarta-feira, 16 de março de 2011

LengalengasII

Eram nove irmãs numa casa.

Uma foi fazer biscoito,

Deu o tangalomango nela

Só ficaram senão 8.

Destas 8, meu bem, que ficaram

Uma foi amolar canivete

Deu o tangalomango nela

Só ficaram senão 7

Destas 7, meu bem, que ficaram

Uma foi falar francês

Deu o tangalomango nela

Só ficaram senão 6

Destas 6, meu bem, que ficaram,

Uma foi pelar um pinto

Deu o tangalomango nela

Só ficaram senão 5

Destas 5, meu bem, que ficaram

Uma foi para o teatro

Deu o tangalomango nela

Só ficaram senão 4

Destas 4, meu bem, que ficaram

Uma casou com um português

Deu o tangalomango nela

Só ficaram senão 3

Destas 3, meu bem, que ficaram

Uma foi passear nas ruas

Deu o tangalomango nela

Só ficaram senão 2

Dessas duas, meu bem, que ficaram

Uma não fez coisa alguma

Deu o tangalomango nela

Só ficou senão uma

Essa uma, meu bem, que ficou

Meteu-se a comer feijão

Deu o tangalomango nela

Acabou-se a geração

Eram doze moças donzelas
todas forradas de bronze:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão onze.
Dessas onze que elas eram
foram a lavar os pés:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão dez.
Dessas dez que elas eram
foram cavar uma cova:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão nove.
Dessas nove que elas eram
foram amassar biscoitos:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão oito.
Dessas oito que elas eram
todas usavam barrete:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão sete.
Dessas sete que elas eram
foram cantar por des réis:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão seis.
Dessas seis que elas eram
fecharam a porta no trinco:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão cinco.
Dessas cinco que elas eram
comeram arroz com pato:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão quatro.
Dessas quatro que elas eram
voltaram lá outra vez:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão três.
Dessas três que elas eram
foram lá por essas ruas:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão duas.
Dessas duas que elas eram
foram apanhar caruma:
deu o tranglomango nelas,
não ficou senão só uma.
Dessa uma que ela era
foi viver para a cidade:
deu o tranglomango nela,
não ficou senão metade.
Dessa metade que ela era
foi brincar com um peão:
deu o tranglomango nela,
acabou-se a geração.

Lengalengas!

Tinha vinte e quatro freiras
Mandei-as fazer um doce
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão doze

Dessas doze que ficaram
mandei-as vestir de bronze
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão onze

dessas onze que ficaram
mandei-as lavar os pés
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão dez

dessas dez que me ficaram
mandei-as pró dezanove
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão nove

dessas nove que ficaram
mandei-as coer biscoito
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão oito

dessas oito que ficaram
mandei-as pró dezassete
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão sete

dessas sete que me ficaram
mandei-as contar os reis
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão seis

dessas seis que me ficaram
mandei-as pró João Pinto
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão cinco

dessas cinco que ficaram
mandei-as cortar tabaco
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão quatro

dessas quatro que ficaram
mandei-as lá outra vez
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão três

dessas três que me ficaram
mandei-as calçar as luvas
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão duas

dessas duas que ficaram
mandei-as comer pirua
deu-lhes o tragulotrico trangulumangulo nelas
não ficaram senão uma

Tinha vinte e quatro freiras
fi-las andar na poeira
elas morreram-me todas
com uma grande borracheira!

domingo, 13 de março de 2011

As senhoras da mantinha de seda!

Havia uma viúva que tinha um filho aparvalhado.

Um dia diz-lhe a mãe:

- Vai à cidade, leva esta barranha de mel, vende-a e traz-me o dinheiro.

O rapaz aceitou a barranha de mel e foi para a cidade. Pelo caminho viu-se perseguido pelas moscas e disse:

- Se as senhoras querem comprar o mel, fazemos negócio, mas não me piquem.

As moscas não responderam e insistiram em não o largar. Então ele despejou o mel sobre uma pedra e disse:

- Aí o têm; despachem-se e venha o dinheiro.

As moscas caíram sobre o mel e nada de dinheiro. Então ele zangou-se e disse que se ia queixar à justiça, voltando a casa para vestir o seu fato novo e apresentar-se ao juiz. Logo que chegou a casa, a mãe pediu-lhe o dinheiro do mel.

- Vendi-o a umas senhoras de mantinha de seda, mas não me deram o dinheiro.

- Mas tu conheces essas senhoras?

- Conheço-as de vista. Vou queixar-me ao juiz.

Vestiu o seu fato novo e apresentou-se ao juiz, perante quem lavrou a sua queixa.

- E quem são essas senhoras? - perguntou o juiz.

- Não lhes sei dizer o nome, mas conheço-as logo que as veja.

- Quando as encontrar atire-lhes uma boa paulada - disse o magistrado.

Neste momento pousou na testa do juiz uma mosca. Então o labrego ferrou-lhe na testa uma paulada, dizendo:

- Da primeira estou vingado.

segunda-feira, 7 de março de 2011

A Floresta!


Paulo Galindro, in o Voo do Pintarriscos

terça-feira, 1 de março de 2011

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Para o Nelson...


Pois cada vez que penso nele...lembro-me desta música!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Escrita criativa!

"Era a vez da história sobre a lebre e o cágado postos na linha de partida para achar o vencedor.
Esta narradora encontra-se em estado de terrível aflição por saber-se proibida de escrever a vogal do fim das cinco vogais, tornando impossível este exercício!
Lá estão eles, a lebre e o cágado, e não passo disto. Eles na grelha de partida, sem poder arrancar, sem paciência, receando já não sair do mesmo sítio...enfim, o disparo! Lá vão os dois. O mais veloz deixa o rasto de poeira para o réptil? Anfíbio? Corre e desaparece no horizonte. O cágado, coitado, arrasta-se com vagar e avança devagar...mas avança, a defender o ditado que protege e explica a meta dos mais vagarosos.
Bem adiante, perto do maior dos chaparros, a lebre pára para coçar a orelha direita e dormir a sesta merecida. Acorda e constata que o cágado vem a chegar e, espantada, dá novos saltos e corridas, mas tropeça, cai e parte a pata direita da frente. Chorosa, deixa-se ficar, lamentando o azar que teve.
Entretanto o cágado chega e vence, na glória dos lentos!"


Vera Vilhena

sábado, 29 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Aceitação e Tolerância!


"Numa noite escura e fria, alguns porcos-espinhos descobrem que encostando-se uns aos outros têm menos frio. Aproximam-se cada vez mais, mas- ai! ui!- como são porcos-espinhos, acabam por se picar mutuamente. Espantados, afastam-se. Ora, quando se separam, voltam a sentir frio e lamentam-se por terem deixado o calor, mas também receiam picar-se novamente. Passado algum tempo e vencido o medo, voltam a juntar-se e novamente a picar-se. Apesar de tudo, aguentam-se assim, durante algum tempo até que descobrem que, se se mantiverem próximos a determinada distância, conseguem transmitir calor sem se ferir."



Fábula de Arthur Schopenhauer, reelaborada por Sigmund Freud

A Adolescência!

Um Mundo de Mudanças from Joninhas on Vimeo.